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terça-feira, 19 de abril de 2011

Gustavo Lucena falou e disse....

O problema é que não há mais rivalidade e sim hostilidade
Por Gustavo Lucena, extraido do blog Papo Alvinegro

Meu pai é torcedor do rival e minha mãe ABCdista.
Obviamente puxei o lado materno. Para não desagradar meu pai, também fui criado como torcedor do Flamengo, impulsionado pela Geração Zico.

Quando era criança sempre ia para os clássicos acompanhado do meu pai. Por questão da idade tinha que assistir o jogo no limite das 2 torcidas. Sempre que o ABC fazia 1 gol eu comemorava e era respeitado, afinal quem iria insultar uma criança?

A convivência era bem pacífica. Aliás, assistir os jogos no Machadão era um programa bem divertido e pacífico, as cores eram mais misturadas. Era possível ver ABCdistas e torcedores do rival bebendo juntos em todos os bares, independente de que lado eles ficavam.

Lamentavelmente hoje em dia isso é um resquício do passado.

A rivalidade parece ficar restrista dentro do campo, porque fora dele o clima é de hostilidade. Digo isso porque os atletas dos 2 times, ao final de cada jogo, possuem uma convivência entre eles que certamente deixam os torcedores mais radicais de cabelo em pé.

Fora de campo, a harmonia passa longe

Além dos inúmeros casos de violência entre as organizadas, houve também - e aí considero o ponto mais crítico - uma quebra na convivência ética entre os clubes.

E essa quebra de convivência ética se deve a postura de alguns dirigentes, principalmente do lado de lá, em querer não derrotar o ABC apenas dentro de campo, mas fora dele também.

Quem não se lembra em 2007 da declaração de um dirigente do rival que para o clube dele o melhor era ver o ABC fora de série e sem competição para disputar? E que esse mesmo dirigente estava incentivando financeiramente os adversários do Mais Querido na Série C, sem que o seu clube do coração tivesse interesse direto na competição?

Será que vale a pena ajudar um rival cujos dirigentes tramaram a falência institucional do Mais Querido?

São essas medidas - aliadas ao comportamento nada civilizado de alguns marginais infiltrados de torcedores do rival - que nos leva a nós que fazemos a Frasqueira sermos radicalmente contrários a "dar a mão" para o rival nesse momento tão delicado.

Não me esqueço das notícias sobre as reuniões do conselho arbitral em que o rival comandava as ações para a formatação de um calendário mais esvaziado para o ABC e ninguém dizia nada.

Agora o jogo virou, é o ABC quem possui estádio e calendário fechado e ainda querem que a direção do clube seja solidária com os algozes de outrora?






2 comentários:

Moizes Campos disse...

A verdade um dia vai a tona,lembro-me como nós serviamos de chacota para os srs torcedores inrrustido de marginais do time de vermelho,será que hoje ainda tem coragem de botar a cara para se lastimar do que acontece com o seu clube do coração, porque DEUS escreve certo por linhas tortas...VIVA O MAIS CAMPEÃO BRASILEIRO.

Lauro Duarte disse...

Também sofri muito com os torcedores de vermelho, desde 1966, quando ia a pé, da Av 6 no Alecrim para o Juvenal Lamartine com uma bandeira do ABC, e "eles" de carro passavam e agrediam-me verbalmente, principalmente quando me aproximava do Colégio Marista, Rua Jundiaí, etc.
Lauro Duarte.

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