por tiagomedeiros Fonte:
http://globoesporte.globo.com/platb/futebolnordestino/2012/02/24/dono-do-pedaco/
No Rio Grande do Norte não há espaços ao questionamento: no cume do monte da soberania o ABC sente o vento beijando seu rosto e escancaradamente gargalha insuflando os pulmões de orgulho.
Antes que qualquer torcedor do Mecão ranja os dentes cobrando respeito, eu os peço que não tomem a situação como uma ofensa e, sim, encontrem no resígnio a compreensão para o momento.
Aos inflexíveis, o desafio: e como não?
E se insistem, confrontem os inclementes números: dois anos de invencibilidade, sete jogos, com um mixuruca empate e seis vitórias alvinegras – sendo as ultimas quatro de forma consecutiva.
Na minha terra, isso é um vareio, cabível de uma denuncia por bullying.
O último ‘acoite’ delas no primeiro jogo da decisão do primeiro turno do Potiguar, 1 a 0, em Goianinha, novo lar do América.
A hegemonia, fermentada de dois anos para cá, estabeleceu uma confortável distancia entre os dois donos de uma rivalidade infinitamente maior que o cajueiro de Pirangi. Agora são 167 vitórias abcedistas contra 159 do Dragão.
Uma disparada promovida exatamente quando os dois clubes entraram em sentidos contrários na forma de conduzir seus projetos e com o América escolhendo a contramão da história.
Não é à toa que há nove anos o torcedor do América anda com o grito de campeão entalado na goela e que o Mais Querido não só amealhou cinco estaduais como bordou acima de seu escudo uma conquista nacional, a Série C de 2010.
Que América aprenda, cresça vendo a grama do rival cada vez mais esverdeada.
Uma ‘parda’ inveja cai bem essas horas.
Um galo era bem mais pertinente com o mascote do ABC nessas alturas.
O Mais Querido vem cantando como tal no RN.